Aaah! Como eu tenho saudades do meu passado.
Se eu pudesse voltar no tempo, sem dúvidas, brincaria mais com meus amigos, jogaria mais bola na rua pra levar outras topadas, pularia amarelinha até cansar, correria muito mais e subiria em muito mais muros. Andaria muito mais de bicicleta e de skate. Passaria mais tardes conversando com minhas amigas sobre que roupa usar em tal festa e sobre que cor de maquiagem é a mais bonita. Gritaria tanto, até que minha voz sumisse. Apostaria mais alto nos jogos de dominó que rolavam na praia e teria coragem de entrar naquela onda gigante. Escolheria a prancha branca com flores rosa, ao invés de ter escolhido a branca com preto e amarelo. Eu choraria mais quando saísse do dentista, só pra ganhar mais sorvete. Talvez tivesse parado de roer as unhas no exato momento em que percebi que estavam horríveis. Pensaria melhor antes de mandar a carta idiota para seu patético destinatário. Eliminaria do currículo escolar, as aulas de literatura e aproveitaria mais o tempo de intervalo para conversar com minhas amigas. Assistiria a mais filmes no cinema, junto com os melhores vizinhos do mundo. Faria mais calda de chocolate e exageraria muito mais no tamanho das bolas de sorvete. Dançaria muito mais na primeira festa em que fui de penetra e iria mais vezes de penetra para as festas. Perderia muito mais o fôlego, ao invés de me poupar. Tentaria encontrar menos defeito em quem e levaria à perfeição e aguentaria mais a dor na hora de alongar antes da ginástica rítmica. Nadaria com mais velocidade, só pra ganhar aquela medalha de ouro e comemoraria muito mais os meus 15 anos. Valorizaria mais os amigos e mudaria de perfume a cada mês. Pouparia minha mãe de ter que ir na escola pegar meu boletim, só porque tinha uma nota vermelha. Escolheria o vestido vermelho ao invés do azul e rosa no lugar do preto. Enfim, eu aproveitaria o fato de poder aproveitar tudo de novo.
Quando a gente escreve, é como se um pedaço do nosso coração fragmentasse e saísse pelos poros, escorresse até a ponta dos dedos e arrancasse uma pitada da nossa alma. Uma colagem fiel do que somos. (Pâmella Acioli)
domingo, 4 de outubro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Acabou o conto de fadas
Me por a pensar nos erros que cometi e nos acertos que quase consegui realizar, comumente me atrai. Mas nem sempre me deixo levar por esses pensametos, as vezes, eles ferem. Não adianta mais fazer rasbiscos incoerentes de uma mente conturbada, isso já não convence mais. E muito menos, pensar que tudo vai se resolver como num passe de mágica. Já se foi o tempo de acreditar em fadas madrinhas, príncipes encantados e finais felizes. Agora, é hora de formular seu destino. Isso! Tudo o que vai acontecer, está em suas mãos agora. Só você pode alterar sua vida e seu futuro. Não venha me dizer que as coisas vão mudar ou que tudo vai se resolver. Se você não faz sua parte, isso não vai acontecer.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Alusão
Luminária
A lâmpada apagada
escondia uma beleza
Sobre o chão de meu quarto deserto,
Salvo o meu sonhar,
Faz no chão incerto
Um círculo a ondear.
escondia uma beleza
Sobre o chão de meu quarto deserto,
Salvo o meu sonhar,
Faz no chão incerto
Um círculo a ondear.
E já não há sombras
Oscilando no chão
Meu sonho conduz
Minha inatenção.
Meu sonho conduz
Minha inatenção.
Bem sei ... Era dia
E longe de aqui...
Quanto me sorria
O que nunca vi!
E longe de aqui...
Quanto me sorria
O que nunca vi!
E no quarto silente
Com a luz a ondear
Impedi-me até de sonhar
Com a luz a ondear
Impedi-me até de sonhar
Quem dirá dormir.
Alusão ao poema Abat-Jour de Fernando Pessoa.
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