sexta-feira, 20 de agosto de 2010

E a liberdade?!.

Li.ber.da.de s.f. 1. Condição de livre. 2. Direito de decidir e agir segundo a própria vontade; livre arbítrio; 3. Intimidade; familiaridade. Pl.: 4. Regalias; imunidades. 5. Intimidades sensuais. 6. Procedimento livre contra as convenções sociais.
Liberdade para falar o que quiser, fazer o que quiser, ouvir o que quiser, ver o que quiser. Viver como convier. Liberdade para tomar um café, acender um cigarro, inalar o veneno da industrialização. Liberdade para declamar em praça pública os mais belos poemas. Liberdade para gritar aos quatro ventos o quanto me sinto bem quando vivo em prol de causas perdidas. Poder expressar minha raiva diante da corrupção, sem sofrer repreensão. Ter de novo, a liberdade de jogar bola até tarde, de andar de skate, de passear num parque junto com minha bicicleta. Sinto falta de um passado puro e dotado de inocência. Sinto falta dos verões, das ondas, do cheiro do mar. Sinto falta de ligar a televisão e ver desenhos animados, no lugar de tele jornais que divulgam, cada um, cerca de 5 mortes por dia. Queria, de novo, ter a liberdade de usar a roupa que quisesse, e não ser obrigada a me enquadrar nos padrões sociais. Padrões. Vomitando em 3...2...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Remake

Acordei sentindo o frio que as gotas da chuva causavam em mim. Havia esquecido a janela aberta. Monotonamente tomei banho e, em seguida, tomei meu café-da-manhã, composto por um café forte e nada mais. Escovei os dentes, joguei um prendedor de cabelos dentro da bolsa e segui, corriqueiramente. Os sinais de trânsito ainda estavam desligados, ou eu tinha esquecido a porcaria dos óculos na mesa de centro. A chuva insistia em cair. Baixei o vidro do carro e comecei a sentir as geladas gotas chicoteando meu rosto. Liguei o som para tentar escapar dos pensamentos. Não havia nada de interessante no rádio. Resolvi conectar o mp4, e escolhi a pasta que continha as músicas do Cazuza; grande Cazuza. Eu pensava no que poderia fazer para tornar meu dia mais dinâmico. Pensei que, talvez, eu devesse ter pintado as unhas de vermelho e não de nude. Mergulhei em pensamentos fúteis, até que perdi a entrada na estrada. Minha sorte foi que inventaram o "tal do retorno". Voltei à trilhar o caminho certo e parei de pensar. Resolvi pegar uma cartela de rifas que guardava no porta-luvas do carro. Não sei bem os motivos, mas essa cartela, mantinha as pessoas afastadas de mim, e, caso alguém se aproximasse, bastava oferecer uma rifa em prol de "não sei o que". Eu gostava dos meus dias, Sempre havia algo diferente, embora, estivesse igual. Segunda, terça, quarta, quinta e sexta. Sempre a mesma coisa. Sábado e domingo, minha casa, só minha casa, meu cobertor, moleton e café. Algumas folhas de papel  e uma caneta para rabiscar o que vinha à minha mente. Fantasiava uma segunda diferente, mas, apenas fantasiava. Fantasiava uma vida diferente, fora da monotonia e fora do desgaste.