quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mais uma vez...

Talvez, a emoção tenha me embaraçado a vista e as palpitações do seu coração, soado como uma música que acalma, enquanto o monstro invisível, que se chama tempo, passava por nós. A loucura da cidade, as propostas loucas, as loucas ideias e os sensatos sentimentos, todo o barulho era nada à vista da sua voz, o cheiro de pneus queimando o asfalto, era nada à vista do cheiro que você exalava e que impregnou minhas roupas e meus cabelos, as luzes dos prédios, eram nada à vista da luz dos seus olhos, e o frio - ah o frio! - nunca me causou arrepios como os que você me causa.
Talvez, eu derrame lágrimas, lágrimas de saudade. Saudade do seu abraço, saudade do seu beijo, saudade das suas brincadeiras, saudade de como você me fazia sentir pequena quando envolta nos teus braços, e de como você me fazia sentir segura. Talvez eu até derrame lágrimas de raiva, raiva de mim, por não ter aproveitado mais intensamente, se não a melhor, uma das melhores fases da minha vida. Mas chorarei com orgulho, porque chorarei de saudade, e será um pranto puro, tanto quanto o sentimento que cultivarei em eternidade.
Talvez, eu devesse confessar que já tentei te odiar, talvez eu devesse - e só devesse - esclarecer que você faz parte dos meus melhores planos e dos meus mais belos sonhos. Eu poderia te contar todos os segredos que guardo comigo, compartilhar o meu melhor e fazer você acreditar no que eu sinto, mas o egocentrismo é uma cólera que insiste em me dominar. Enquanto isso, eu espero - e esperarei até quando viva estiver - pelo "NÓS" que eu construí na minha realidade utópica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário