sexta-feira, 29 de abril de 2011

Aprendeu?

Eu, logo eu, que sempre andei tanto com os pés no chão. Eu, que passei esse tempo todo desacreditando em palavras bonitas e gestos sinceros, pulei o capítulo principal, rasguei a página introdutória, enfim, fiz pedaços da foto de capa. Bateu aquele cansaço, aquela coisa sôfrega de esperar por algo que não vem, e lembrei que "Não há nada a ser esperado. Nem desesperado" como já disse Caio Fernando Abreu. - Vamos lá garota, liga o som, muda a cor do quarto, sai desse poço, anda. Nunca foi tão difícil assim, né?! - Existem surpresas no caminho, existe um "sim" guardado num futuro que outrora se fez presente e agora faz parte do passado. Olha, quem sabe as coisas não vão começar a se acertar a partir do momento desejado, porque dizem que quando se deseja muito uma coisa - mas só quando se deseja com toda a sua alma - ela se realiza, ou sei lá, se concretiza.
Mas quem diria: eu, logo eu, que sempre andei com tanta cautela, que nunca precisei pedir trégua ou coisa parecida, agora estou aqui, tentando dar um jeito nessa feridinha que fizeram bem aqui dentro, bem aqui onde eu achava que ninguém poderia entrar, e olha, estou procurando o veneno pra matar a esperança que ficou, e aí vem Lulu Santos me lembrando que "Todo farol iluminará uma ponta de esperança" a cura, é mesmo de se admirar. Bem, confesso que não tá sendo fácil, logo pra mim, que sempre tive essa mania terrível de simplificar tudo, de cortar umas coisinhas daqui e exterminar outras d'alí, não tá sendo fácil, mas, qual é? Nunca me disseram que seria simples, me disseram, apenas, que valeria muito à pena. Uma hora a gente  acaba fechando os olhos e se dando conta que a graça da vida está no aprendizado diário. Eis  que vale muito à pena: acordar sentindo que o dia vai ser bom. E vai.

sábado, 23 de abril de 2011

23.04.2011

Quando eu penso que a gente passou, vem a saudade e olha o que ela faz: revigora - RE VI GO RA - dá pra acreditar?

XIII V MCMXL

"Perguntam-me qual é o nosso objetivo? Posso responder com uma só palavra: Vitória - vitória a todo o custo, vitória a despeito de todo o terror, vitória por mais longo e difícil que possa ser o caminho que a ela nos conduz; porque sem a vitória não sobreviveremos." - Winston Churchill

Me deixar, te fazer aqui.


Uma eternidade para desvencilhar os dedos dos teus cabelos.
Tão só, nem isso para desatar os nós da gente.
Os sentidos não fazem sentido, quando respirar teu cheiro me faz perceber que qualquer demora na tua presença é um sem fim de sensações.
Tantas linhas cruzadas, tantos “nãos” e “porquês?”. Por que?
Tantos “se”s e talvez.
Tanto de nós em tão pouco tempo, tanto de mim.
Um explodir de novas emoções.
Invasões.
Quero você aqui, quero sua força, sua facilidade em abrir potes; em abrir corações. Quero sua perfeita imperfeição, acordando-me no domingo e deixando a luz entrar pelas frestas da janela, iluminar seus pelos, e me tirar o fôlego, como sempre, como nunca.
Tanto tato, arrepio-me e vou, me deixo ser tão tua. Tão tua.
Vem aqui, que pra ser um só é preciso, antes, sermos dois.
É que nessas tantas aventuras nossas, eu daria tudo, tudinho pra não te soltar nunca mais.
Reticenciar você em mim.


Fragmentos de Tati B., Priscila R. e Caio F.

sábado, 2 de abril de 2011

2 x 1

Eu quero ser mais do que uma simples demora, do que uma angustiante espera, quero ser teu eterno quando o eterno não fizer mais presença, quero ser mais do que uma simples alegria contida numa tarde de domingo, quero ser acalanto, quero ser clarão. Quero segurar tua mão e pedir pra que você não me solte, quero dizer que você pode respirar, pode viver e pode ser comigo. Quero colocar em prática o plano de dormir na rede, de usar sua camisa do futebol, quero enfeitar nossa história com gargalhadas e arrepios, quero acordar pela manhã sentindo teu cheiro e ouvindo tua respiração, quero ser morada de carinho, quero te encher de beijinhos, enrolar teu cabelo no meu dedo e te fazer dormir no meu colo. Quero ser presença. Quero ser tua.