sexta-feira, 16 de julho de 2010

Insônia

Café. O "TIC-TAC" do relógio na cabeceira. A cidade parada. Um cigarro aceso e nada fazia sentido. Os pensamentos faziam barulho. Tentativas frustradas de mergulhar no mar de ilusões para o qual a música me leva. Havia luz no quarto escuro e era a luz da televisão, que alterava o clima estático que pairava no ar. Café e liberdade para pensar em qualquer coisa. A fumaça do cigarro, desenhava no ar, figuras ilusórias. Havia luz. E desta vez era uma luz mais forte. Sol! E já era dia. A cabeça dolorida, os olhos com um leve ardor, mais uma xícara com café, mais uma, mais uma, mais uma, mais uma e finalmente, a irritação da luz do sol que dava sentido a uma coisa sem sentido, já havia cedido seu lugar para o adormecer da cidade. "TIC-TAC" na cabeceira, e desta vez, os ponteiros giravam em alta velocidade, era segunda e já é quinta, dias sem pregar os olhos, dias sem parar para descansar.  Café! Escuro e silêncio. Um sabor esquisito na boca. Amargo! Seria o café? Seria o sabor do meu "eu"? Que seja! O sol vai nascer logo, e esse sabor é algo que não tem a mínima importância. Um loop na visão, um loop no cérebro e um pouco de pinga. Ninguém é de ferro. O sol volta. A pinga faz efeito. Abri as gavetas e em uma delas, achei uma 'pastilha' branca, tamanho médio. Tomei com água, optei por fazer o correto. Dormi.

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