domingo, 31 de outubro de 2010

Eu posso.

Eu posso até ser a pessoa errada, mas também posso me transformar na pessoa certinha; na pessoa que encaixa-se perfeitamente com você.
Posso até fingir que mudei pra te agradar, mas não não posso fingir que não te amo mais.
Eu posso até tentar não respirar, mas eu sei que a única coisa que me tira o ar, é o fato de ter você comigo.
Eu podia concordar com tudo o que você diz, ao menos que você falasse que a nossa história chegou ao fim.
Eu posso até tentar imaginar minha vida sem você, e imagino isso, sentindo uma enorme dor no peito, que com certeza, só vai cessar quando eu te ter nos meus braços, mais uma vez.
Eu posso até me obrigar a dormir sem pensar em você, mas eu sei que não vou conseguir - pensar em você é tão bom, que tornou-se algo involuntário.
Eu poderia até tentar te esquecer, desde que tudo o que eu faço, olho, ouço, sinto e penso, não me lembrasse você.
Você e seu sorriso dobrado, seus olhos apertadinhos, sua cara de bobo, sua voz, falando pausadamente e com todas as letras: "EU TE AMO". E era o "eu te amo" que qualquer pessoa queria ouvir, mas era o MEU "eu te amo". Era só pra mim.

Parece mentira.

Com certeza, você já andou na rua e sentiu um perfume que te fez lembrar alguém, você já olhou para uma foto e voltou ao momento registrado na mesma, você já esteve do lado de alguém só em corpo, porque seu pensamento estava longe dalí, você já se arrependeu de algo que falou alguns instantes após ter falado, e você sabe que aquele filme que vocês viram juntos no cinema vai passar na TV. E você gelou... porque o bom daquele momento já passou. E aquela música que você odiava, mas ouvia sempre que ele ouvia também? E aquela outra música que você adorava e agora prefere não escutar porque te lembra exatamente a pessoa que você quer esquecer? Com certeza, você já viveu um dia no qual todos os seus planos deram errado, mas no finalzinho, aconteceu alguma coisa que o transformou num dia perfeito. E você também já viveu aquele dia em que tudo deu certo e final estragou. Você já chorou por lembrar de alguém que amava e não poder dizer isso para essa pessoa. E aquele amor do passado, que você reencontrou ontem e só percebeu hoje o quanto ele mudou? Com certeza você já passou por tudo isso e por mais uma porção de coisas. A beleza da vida está em transformar maus momentos em aprendizados e bons momentos em memória. O hoje é uma dádiva embasada no ontem e cheia de pretensões sobre o amanhã. Aproveite.
(Baseado em um texto que não lembro de quem é, desculpa. ;x)

domingo, 17 de outubro de 2010

Afraid.

Eu tenho medo do que está por vir.
Tenho medo da escuridão.
Tenho medo de dormir com os pés pra fora da cama.
Tenho um medo que parece não ser meu.
Tenho medo do bicho papão.
Tenho medo de perder meus pais.
Tenho medos insensatos.
Tenho medos claros; óbvios.
Tenho medo da liberdade, mas anseio por ela.
Tenho medo das formas de amor, mas me encanto com elas.
Tenho medo de desafios, mas sempre opto por enfrentá-los.
Tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
Tenho medo do tempo e do que ele faz.
Tenho medo de envelhecer, mas sei que a outra opção pode ser pior.
Tenho medo de sentir dor; medo de causar dor em alguém.
Tenho medo de pessoas e, na verdade, eu nem sei de quem.
Tenho medos claros; óbvios.
Tenho medo das incertezas.
Tenho medo das certezas.
Tenho um pouco de medo.
Tenho medo de não mais tê-lo - e entenda isso como quiser.
Tenho medo do medo e medo da falta dele.
Tenho medo de tentar respirar e não conseguir, mas, tenho mais medo de não tentar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eis o tempo da mudança.

A liberdade surte efeito e o calor lá fora, é capaz de acender um cigarro. Tem gente que olha torto, tem gente que nem liga, tem gente que se preocupa com o mundo e tem gente que nem liga. Parece que o "não é permitido", serve como catalisador para reações que ninguém explica. É proposto um jogo. Dominó e voilà, quem perde, perde uma peça. O tempo vai passando e a combustão continua. Tudo vai acontecendo de maneira muito sutil e termina-se por ouvir diversas suposições com relação ao mundo, como: "Por que o mundo é assim?", "Por que as pessoas são assim?", "Violência, drogas, gente jogando lixo no chão..." e eu podia ouvir as gargalhadas. O mundo é mesmo tão dúbio; violência, drogas, gente jogando lixo no chão e ainda assim, a pressa de chegar à algum lugar, cede posição para a entrega verdadeira e dedicação integral a alguém ou alguma coisa. O que não vem ao caso, ou vem, por acaso? Depois que você abre a mente para algumas coisas, você passa a ter um leque de ângulos de observação e a sensação, depois disso tudo, é de estar um patamar acima do comum.Vem à mente Gregório de Mattos Guerra e seu "embaraço de pernas", "união de barrigas" e "tremor de artérias", sua "confusão de bocas", "batalha de veias", "reboliço de ancas", Começo a medir ações, calcular reações, liberar e prender. Quando se perde um sentido, se apura outros. De olhos fechados eu não vejo, mas em contrapartida, sinto em dobro, literalmente. "Calma aê, calma aê, calma aê. Pra mim, já deu.". E dá licença que eu to passando pra pensar. "Muito tempo é quase nada" e pouco tempo, então, o que será? Ouço vozes ao longe, e de costas, eu posso sentir o que está acontecendo. O dia acaba e a fome chega, abre-se mão de um ideal para saciar o desejo de rebeldia. Um banho, uma cama, travesseiro e cobertor. A noite se vai, afirmando: "Nada abala a alegria de um sujeito que vê, na simples questão de estar vivo, um bom motivo pra comemorar."

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sweet dreams, sad reality.

Ainda nem abri os olhos, mas já sinto o clima no quarto. Um raio delicado de sol invade o ambiente através de uma fresta deixada, propositalmente, na janela. Posso ver minúsculas partículas de poeira bailando no ar e o cheiro que me entorpece, é uma mistura de nós dois. Você está do meu lado; eu posso ouvir os batimentos do seu coração, estou deitada no seu peito e você dorme como um anjo. Sua respiração me remete uma calma capaz de aliviar todas as minhas tensões. Resolvo ficar durante mais alguns instantes alí, deitada, como se o mundo lá fora não existisse. Vislumbro seu rosto por alguns minutos e acho engraçado ver sua expressão tranquila cercada pelo seu cabelo bagunçado. Mergulho num mar de lembranças; boas lembranças. Eu não consigo me conter e te acordo com beijinhos, só pra dizer que eu não te amo pelo que você é, mas pelo que somos quando estamos juntos, e fomos um só. Pelo menos em meus sonhos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Por que amor, por que?

Estou dirigindo a mais de 130 no tipo de manhã que dura a tarde inteira. Estou apenas preso na escuridão. Mais quatro entradas até meu apartamento, mas estou tentando manter o carro em movimento e deixar tudo para trás. As vezes eu quero saber os resultados de uma vida, ainda, sem resultados. Será que eu estou vivendo minha vida nos conformes? Por que amor, por que? Aluguei um quarto e preenchi os espaços com madeira pra ficar com cara de casa, mas tudo o que eu sinto é solidão. Isso pode ser uma crise de 1/4 de vida, ou pode ser só um agito da minha alma. De qualquer forma, eu queria saber sobre o resultado de uma vida, ainda, sem resultados. E daí se eu tenho um sorriso estampado no rosto? Ele esconde supertições que ficam quietas na minha cabeça. Não acredite em mim quando digo que superei. Todo mundo é apenas estranho, e esse é o perigo de seguir meu próprio caminho. Acho que é o preço que tenho que pagar. Ainda que ''tudo aconteça por alguma razão'', não há razão pra não me perguntar.
(Obrigada John Mayer, hahaha)

sábado, 9 de outubro de 2010

E sobre o "desistir"?

As vezes, parece que o tudo está desabando; parece que o universo resolveu conspirar contra os seus planos e quando isso acontece, é hora de rever os conceitos. Pensar em desistir. Jogar tudo para o alto. Ignorar o mundo a sua volta. Respirar. Fechar os olhos e sentir a brisa tocar seu rosto. Viajar, mudar de planos... e aí, você começa a enxergar a vida de uma outra perspectiva; você começa a enxergar a realidade de uma forma diferente. Você resolve dormir. O barulho dos seus pensamentos não deixa.Uma, duas, três, quatro, cinco horas da manhã e finalmente você "prega os olhos". Seis horas de sono e você acordar com uma vontade mortal de não querer acordar. Você se sente dolorido - por dentro e por fora - e encontra dificuldades para levantar, tomar banho, para trabalhar ou estudar. E você se dá conta de que sua enxaqueca voltou, se dá conta que os fios brancos já estão "dando um oi" na sua cabeça e se dá conta de que tem uma vida para cuidar e organizar. Levanta da cama, escova os dentes, lava o rosto. Prepara um café e olha para o relógio. Você fica encantado com o movimento dos ponteiros e perde a hora; perde tempo. Você pensa em ter uma vida árcade, mas encontra o fio da sua realidade e percebe que, na verdade, sua vida é uma tragédia. No fundo, no fundo,  você sabe que a opção foi sua. Corre para a sala, liga a TV e perde tempo mais uma vez. Você começa a se manter estático e em poucos instantes, é possível ouvir o pulsar do seu coração. E você desiste. Desiste por estar cansado. E você está cansado de viver em mundo onde quem não está desesperado, está louco.Você se desespera com medo de enlouquecer. Você se encontra cansado de ditaduras de moda, dinheiro, você se cansa da busca incansável por alguma coisa que você, na verdade, nem sabe o que é. Você se cansa das pessoas; você ODEIA as pessoas. Finalmente, você começa a pensar na sua vida e no rumo que ela está tomando... e você enlouquece pelo desespero.

Horas

Tempo.
Louco tempo.
Passa o tempo, passatempo.
Um relógio.
Três ponteiros.
Determinando o seu dia.
Dia.
Que dia?
Dia D.
O grande dia.
Tic-Tac.
Já é hora.
Hora de que?
Estudar!
Sobre o que?
Sobre o que o tempo faz.
Corre o tempo.
Corro contra o tempo.
Mato o tempo.
Para que ele não me mate.

domingo, 3 de outubro de 2010

O natural é mágico.

Enquanto algumas pessoas se desdobram para conseguir fama, amigos e até mesmo um amor, outras não esperam e nem procuram por nada, apenas vivem, abandonando as velhas roupas, as velhas máscaras, as velhas confusões, a velha falta de sentido e os velhos e infantis pensamentos à respeito de como se tornar "importante". Elas vivem de acordo com o que querem, são o que querem, fazem o que querem, e é essa falta de responsabilidade que permite a elas, enxergarem a vida de uma forma peculiar. São tidas como loucas, e é nessa loucura que se satisfazem.