sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Eis o tempo da mudança.

A liberdade surte efeito e o calor lá fora, é capaz de acender um cigarro. Tem gente que olha torto, tem gente que nem liga, tem gente que se preocupa com o mundo e tem gente que nem liga. Parece que o "não é permitido", serve como catalisador para reações que ninguém explica. É proposto um jogo. Dominó e voilà, quem perde, perde uma peça. O tempo vai passando e a combustão continua. Tudo vai acontecendo de maneira muito sutil e termina-se por ouvir diversas suposições com relação ao mundo, como: "Por que o mundo é assim?", "Por que as pessoas são assim?", "Violência, drogas, gente jogando lixo no chão..." e eu podia ouvir as gargalhadas. O mundo é mesmo tão dúbio; violência, drogas, gente jogando lixo no chão e ainda assim, a pressa de chegar à algum lugar, cede posição para a entrega verdadeira e dedicação integral a alguém ou alguma coisa. O que não vem ao caso, ou vem, por acaso? Depois que você abre a mente para algumas coisas, você passa a ter um leque de ângulos de observação e a sensação, depois disso tudo, é de estar um patamar acima do comum.Vem à mente Gregório de Mattos Guerra e seu "embaraço de pernas", "união de barrigas" e "tremor de artérias", sua "confusão de bocas", "batalha de veias", "reboliço de ancas", Começo a medir ações, calcular reações, liberar e prender. Quando se perde um sentido, se apura outros. De olhos fechados eu não vejo, mas em contrapartida, sinto em dobro, literalmente. "Calma aê, calma aê, calma aê. Pra mim, já deu.". E dá licença que eu to passando pra pensar. "Muito tempo é quase nada" e pouco tempo, então, o que será? Ouço vozes ao longe, e de costas, eu posso sentir o que está acontecendo. O dia acaba e a fome chega, abre-se mão de um ideal para saciar o desejo de rebeldia. Um banho, uma cama, travesseiro e cobertor. A noite se vai, afirmando: "Nada abala a alegria de um sujeito que vê, na simples questão de estar vivo, um bom motivo pra comemorar."

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